quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Vai, só deixa a porta enconstada por favor...


Ele se sentou à beira da cama. Seus olhos rondam o quarto procurando algo. Era o retrato! Que retrato era aquele que tinha o poder de juntar o passado e a dor? A imagem não dizia muita coisa à olhos comuns, porém, para aquele homem ali sentado, simbolizava a esperança de uma chegada, a tentativa de um recomeço. Ele só queria ser feliz; parte esta que seria dura se concretizar. Um dia ele prometeu a si próprio que não iria sofrer. Iludiu-se! Anos se passaram e o homem já cansado de esperar por ela, decidiu seguir adiante. Bobagem! Ele não sabia o que estava por vir. Ela voltara como uma princesa. "Quando você partir, os pedaços do meu coração sentirão sua falta"; a frase estava na gaveta do pobre homem. Ele queimou todas as lembranças que tinha da moça. Ela jamais o esqueceu! Romeu e Julieta anti-românticos. Ela simboliza as estrelas. Ele não mais era o céu, pois acordou. O tempo intensifica qualquer sentimento: o dela, amor, o dele, perda! Ela havia o perdido por partir e fazê-lo esperar tanto tempo. Nem a própria sabe o por quê partiu. Suas decisões não importavam mais, já que a sua última decisão tomada decidiu o futuro e destino dos dois. Andando pela rua, a chuva caiu forte. Não existia muitos lugares para se esconder, e o destino fez com que eles se encontrassem novamente. Sim! Ela voltou! Os corações dispararam, mas ele infelizmente a esqueceu. Ela que amava olhares, pôde ler no dele que não adiantava mais. Realmente, de que adiantava? Se não existir amor a relação fica infundada. O local em que eles se abrigaram era sujo, feio e perigoso. Perigoso ao ponto de acontecer um assalto. Sim, à frente deles, se iniciava um assalto. Carro preto, homens de capuz, armas, era um assalto de verdade:
- Dê me a bolsa! (Assaltante)
- Não tenho dinheiro. (Mulher)
- Deixe-a em paz. Quanto quer? (Homem)
- Quanto você tem? (Assaltante)
- Não muito dinheiro. (Homem)
- Na verdade, eu quero ver sangue, muito sangue. (Assaltante)

Acontecia ali uma tragédia. Um tiro se ouve no ar. Ela morreu! Os assaltantes correm em seu carro preto e o homem chora feito uma criança pela perda. A verdade é que seu amor estava intacto, imperecível. Ele escondeu o tempo todo que não já a amava mais. Ela morreu infeliz, sem saber que era amada. Ela poderia pelo menos viver seu amor além da vida, e ele além da morte.

3 comentários:

Unknown disse...

AmigoOo
adorei o que vc escreveu ficou superr!
E a foto tbmm!

bjOos

[/)]

Vinícius D'Ávila disse...

Por isso que eh preciso dizer qdo se ama..
e perdoar qdo se erra...

enfim...
coisas que soh humanos sabem fazer.,..
mas naum fazem!

Lady Corpse disse...

Caramba Eve que texto liiiiindo *-*

Concordo plenamente com as palavras dele...Devemos dizer o que pensamos ou sentimos logo...pois pode ser tarde demais um dia...

^^


Te amoooooo seu chatooooo! =)

[ by Mila ]