sábado, 23 de agosto de 2008

O que não iria partir, só dependeria deles.


Ele sabia que seria difícil, complicado. Ele sabia que era mais ainda, suicídio ao coração. Ficaria longe de quem ama. Valeria a pena! O que mais enxia os olhos do garoto de brilho era a sensação de que estava frente a frente ao seu bem maior, mas que logo isso seria um obstáculo. Nada seria igual a antes.
Ele iria partir para longe! Tão longe que a visão não alcançava mais. Eles iriam se submeter à uma prova de fogo, tão forte como o inferno. Nada como um dia após o outro!
Ele partiria, na razão, mas ficaria intacto na emoção e coração. Os caminhos ao se cruzar, saberiam que não andariam juntos sempre. Hora de partir!
O mar estava agitado. Uma despedida de lágrimas e de dor. Um pacto de amor eterno!
No cais um abraço apertado e seguro. Talvez a partida não significaria absolutamente nada. Talvez o orgulho seria vencido pelo gostar e a perda seria recompensada com amor, mesmo que em pensamento.
E que coração aguentaria uma viagem longa com direito à tempestades e maresia? Que coração saberia sentir a espera como amor acumulado?
O deles...
Aqueles jovens saberiam enfim ser tudo aquilo que eles pretendiam. Aquilo tudo que deveria ter sido e não foi, se consumava num amor de retardo, um violento misto carnal e amoroso.
No cais, alguém chorava pela partida. No barco, alguém sentia a partida de um jeito confortável, com grandes certezas e o amor no coração.
Embora sozinhos, eles vivem, na certeza do amanhã e que a o reencontro é breve. Eram os 92 dias mais felizes da sua vida. Eles fechariam os olhos e logo o navio desembarcava novamente no cais. Em outro cais, mas enfim, eles teriam novamente a chance de fazer tudo de novo, tudo igual, para que não houvesse decepções. Embora houvesse uma distância grande entre eles, não havia enfim, dúvidas.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

I never thought there'b you...




Uma timidez honrosa, um abraço forte, conversas inteligentes.

(Avaliação do par perfeito, por Joan Madeline)

 Primeiras impressões

A princípio, um garoto super tímido, não tanto como eu esperava. Desceu do ônibus, pegou a bagagem e veio na direção. Quando o vi, fiquei meio sem reação, normal. A verdade é que ali mesmo eu já me encantara por ele. Me tirou da minha posição (nada muito sexy como deveria ser) e me deu um abraço. Garoto grande de um abraço forte. Se impôs de forma inteligente e cativante desde o momento em que pisou na cidade. Simpático e interessante em cada colocação.

 O abraço

O abraço dele é forte. Tão forte que me prende sempre. Suas mãos escorregam pelo corpo de uma maneira que fica impossível de querer se soltar. Seus braços grandes esquentam e acolhem. Seu cheiro, embora sempre um perfume diferente, é muito bom. Porém, com ele, é impossível de ser pronunciada a frase: "Um perfume que eu jamais esquecerei!"

 O sorriso

Um sorriso lindo, de amor. As gargalhadas não passavam despercebidas. Seu sorriso possui luz própria e irradia o dia todo. Sua língua parecia gostar de passear pelo corpo e por onde quisesse ir. Sua boca e dentes, todos muito fortes pareciam em conjunto com a língua formar o que só eu tive (e algumas outras mais ¬¬).

 O beijo

Um beijo nunca visto antes. Um beijo com amor e tesão, mordidas que saíam rasgando o que quer que fosse. Uma língua enlouquecida que fazia companhia à minha. Um beijo que sabia misturar a doçura com o encantamento, o erótico com o impossível.
O beijo que o faz voar, apesar de só se pensar em perversão naquele momento. O beijo que te faz calar, literalmente.

E que todos um dia possam ter uma pessoa assim, educada, atenciosa e principalmente dedicada. Alguém com quem eu passaria 25 horas do meu dia e ainda faria pedidos de dias mais longos. Os caminhos não estão no mesmo sentido, infelizmente, mas é preciso viver todos os dias como se fosse um dia a menos para o reencontro. Alguém capaz de me fazer enxergar que o sorvete traz más intenções e me fez descobrir que eu posso descascar laranjas.
Foi quem me apresentou lugares importantes do meu corpo e quem eu ensinei que beijos convencionais são chatos. Por hora, posso dizer que nunca esquecerei nada do que passamos e sempre irei querer mais. Todo o tempo do mundo é pouco, acaba depressa, por que é bom. Delicadeza, sensatez, energia, amor, graça, tesão, paixão, carinho, medo e expectativa. Perfeição!